O Ministério das Relações Exteriores divulgou na manhã deste sábado, 11 de janeiro, uma nota em que diz acompanhar "com grande preocupação" as denúncias de violações de direitos humanos a opositores do governo na Venezuela.
Apesar disso, o Itamaraty disse reconhecer "gestos de distensão" do governo Maduro, como a libertação de 1.500 presos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU em Caracas.
"O governo brasileiro acompanha com grande preocupação as denúncias de violações de direitos humanos a opositores na Venezuela, em especial após o processo eleitoral realizado em julho passado", começa a nota.
O governo brasileiro afirmou ainda na nota que "deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos". Também cobrou maior diálogo entre as forças políticas venezuelanas:
"O Brasil exorta as partes ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com base no respeito pleno aos direitos humanos, para solucionar as controvérsias internas."
A reação brasileira ocorre um dia após a posse de Nicolás Maduro para um terceiro mandato, resultado de uma fraude eleitoral em 28 de julho. A nota não menciona a posse ilegítima do ditador venezuelano nem cita o sequestro da líder da oposição, María Corina Machado. Embora libertada pouco depois, o episódio gerou críticas internacionais.
Além disso, o genro do ex-candidato opositor Edmundo González foi preso por agentes encapuzados, intensificando as acusações de perseguição política.
O regime da Venezuela fechou a fronteira com o Brasil na sexta e deve permanecer com a medida até 13 de janeiro.
Fonte: oantagonista