Relatos recentes apontam que os deportados dos Estados Unidos para o Brasil enfrentaram condições adversas durante a viagem, pelo uso abusivo de algemas e correntes, além de problemas com o sistema de ar-condicionado. Também houve relatos de maus tratos por parte dos agentes americanos a bordo.
Apesar das solicitações do governo brasileiro, os EUA não alteraram suas diretrizes sobre o uso indiscriminado de algemas durante o transporte aéreo dos deportados.
Desde 2018, o governo do Brasil tem aceitado receber voos operados por empresas aéreas comerciais e monitorados pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA (ICE).
O Itamaraty afirmou que a medida visa minimizar o período que os brasileiros sem recursos legais ficam detidos.
O governo brasileiro anunciou uma alteração significativa na logística de recebimento de brasileiros deportados pelos Estados Unidos.
O próximo voo, agendado para esta sexta-feira, 7 de janeiro, será desviado para Fortaleza (CE), em substituição ao habitual destino em Confins (MG), visando diminuir o tempo que os deportados permanecem algemados.
Inicialmente, a escolha do Aeroporto Internacional de Confins como ponto de chegada foi motivada pela alta concentração de imigrantes oriundos daquela região. Os voos passaram a ser programados mensalmente às sextas-feiras, com a possibilidade de mais de uma operação por mês.
Atualmente, as autoridades americanas têm ordens para deportar cerca de 38 mil brasileiros que se encontram em situação migratória irregular, sem direito a apelação.
O ex-presidente Donald Trump intensificou suas políticas de deportação em massa e reforçou as operações de busca e apreensão dentro do território americano.
Até o momento, não foram divulgadas informações sobre a cidade norte-americana de origem do novo voo ou sobre quantos brasileiros serão deportados nesta operação.
Também não há definições sobre como será feito o deslocamento dos deportados ou se as algemas serão utilizadas novamente durante o trajeto para o Brasil.
Fonte: oantagonista