Em meio a uma crise na saúde pública e queda na popularidade do presidente Lula, especula-se uma iminente troca na Ministra da Saúde, Nísia Trindade. A decisão, segundo fontes do Palácio do Planalto, é dada como certa.
O principal motivo seria a insatisfação com os resultados do programa "Mais Acesso a Especialistas", criticado por sua ineficácia em diversas regiões do país, especialmente diante do recente surto de dengue em vários estados e a falta de vacinas.
A disputa pela vaga de ministra, que envolve um orçamento de R$ 239,7 bilhões, acirra as tensões internas no Partido dos Trabalhadores (PT). Nomes como o do ministro Alexandre Padilha e de Arthur Chioro são cotados para a posição.
"A situação da ministra no governo ficou insustentável diante de tantos problemas na saúde... Há falta de vacinas no mercado." concluiu um interlocutor de Lula.
Padilha, ex-ministro da Saúde, é próximo a Lula e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Sua indicação fortaleceria Haddad, que enfrenta atritos com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Chioro, por sua vez, conta com o apoio de Rui Costa e de figuras importantes do PT, como Humberto Costa e Gleisi Hoffmann, que em breve deixará sua posição na presidência do partido para assumir a Secretaria-Geral da Presidência.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado pela PGR ao STF por tentativa de golpe, e este clima polarizado também influência as decisões políticas no governo Lula.
Há ainda especulações sobre outras mudanças no governo, incluindo a possível substituição de Gleisi Hoffmann, cuja vaga será preenchida pelo ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, amigo de Haddad.
A deputada Tabata Amaral também é nome cotado para uma troca ministerial, abrindo caminho para Rodrigo Agostinho assumir seu mandato na Câmara, substituindo possivelmente Márcio Macêdo no Ibama.
Lula busca reverter sua queda de popularidade e fortalecer sua relação com os movimentos sociais e os evangélicos para se preparar para uma possível reeleição em 2026.
*Reportagem produzida com auxílio de IA