Após ter acusado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de ter recebido U$S 50 milhões para fraudar as eleições em 2022 quando estava no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 10, em audiência no Supremo que tudo não passou de uma "retórica", de um desabafo durante uma reunião ministerial.
Em julho de 2022, Bolsonaro declarou que Moraes foi beneficiado em um suposto esquema fraudulento para favorecer o presidente Lula. Na reunião, realizada em 5 de junho de 2022, ele também citou que outros ex-integrantes da Corte como Edson Fachin e Roberto Barroso também teriam sido beneficiados.
"Pessoal, perder uma eleição não tem problema nenhum. Nós não podemos é perder a democracia numa eleição fraudada. Os caras não têm limite. Eu não vou falar que o Fachin tá levando US$ 30 milhões. Não vou falar isso aí. Que o Barroso tá levando US$ 30 milhões. Não vou falar isso aí. Que o Alexandre de Moraes tá levando US$ 50 milhões. Não vou falar isso aí. Não vou levar pra esse lado. Não tenho prova, pô! Mas algo esquisito está acontecendo", disse na época.
Agora, ao ser confrontado com o ministro Alexandre de Moraes sobre esse assunto, Bolsonaro mudou completamente de versão.
"Não tenho indício nenhum, senhor ministro. Tanto é que era uma reunião que não era pra ser gravada. Foi um desabafo, uma retórica que utilizei. Se fosse outros três ocupando [as cadeiras do TSE], teria falado a mesma coisa. Me desculpe, não tinha a intenção de acusar de qualquer desvio de conduta dos senhores Era uma reunião, era um desabafo", declarou Jair Bolsonaro.
Fonte: oantagonista