Tarcísio deixou Lula no palanque e foi comer hambúrguer

Tarcísio não foi a evento de Lula

No sábado, durante um evento sobre a expansão da Linha 5 do Metrô, Lula reclamou da ausência tanto de Tarcísio quanto do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). O petista afirmou que gostaria de ter assinado o contrato para a nova estação no Jardim Ângela e disse que, devido à ausência dos líderes estaduais e municipais, optou por adiar a assinatura.

"É importante a gente fazer isso junto com o governador e com o prefeito. Quando a gente quer fazer investimento, a gente não se preocupa de que partido é o governador", declarou Lula, referindo-se ao governador que é um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, a ausência de Tarcísio e Nunes no evento foi tema de debates acalorados. O governador estava em viagem, enquanto o prefeito Nunes justificou que os eventos têm sido tratados pelo presidente como atos políticos, o que gerou desconforto.

Mais campanha para Boulos

Quem esteve no palanque foi o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato apoiado por Lula em São Paulo. Após ser multado por ter pedido voto para seu avatar na capital paulista antes do início do período eleitoral, o petista debochou: "Eu não posso falar o nome do Boulos porque já fui multado uma vez. Não posso falar".

No mês passado, Lula mencionou pela primeira vez a possibilidade de Tarcísio ser um adversário potencial nas eleições de 2026, criticando-o por se encontrar com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.

Em entrevista, Tarcísio foi questionado sobre as declarações do presidente e respondeu que Lula estava "viajando". "Ele pode citar à vontade meu nome como adversário, mas não vou entrar nesse jogo agora", afirmou o governador, esquivando-se de falar sobre as próximas eleições presidenciais.

Campos Neto nega ter recebido convite

O presidente do Banco Central afirmou em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira, 27, em São Paulo, sua amizade com Tarcísio e negou qualquer intenção de se envolver em cargos políticos. Ele também abordou críticas à sua gestão e falou sobre a política monetária do país.

Campos Neto destacou a proximidade com o governador paulista, mencionando que frequentemente discutem assuntos econômicos, assim como ele faz com outros agentes do mercado. No entanto, o presidente do BC negou que Tarcísio seja um candidato no momento e afastou rumores sobre convites para cargos no governo.

"Nunca tive nenhuma conversa com Tarcísio sobre ser ministro de nada. Eu nunca falei isso, nem o Tarcísio", afirmou Campos Neto. "Sou muito amigo do Tarcísio. Na época em que ele era ministro da Infraestrutura, conversávamos muito. Continuamos falando sobre economia, como faço com vários outros agentes."