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Muitos vão pagar por isso, diz irmão de Marília Mendonça, após prisão de jovem que divulgou fotos de necropsia

Polícia segue investigação e busca responsável pelo vazamento de imagens de autópsia realizada pelo Instituto Médico Legal; entenda

Por Brejo News em 18/04/2023 às 11:53:32

Agentes da Superintendência de Informações e Inteligência Policial da Polícia Civil de Minas Gerais ainda buscam o responsável pelo vazamento das fotos do corpo de Marília Mendonça. Imagens da necropsia da goiana — registradas pelo Instituto Médico Legal em novembro de 2021 — foram compartilhadas nas redes sociais na última semana.

Um jovem de 22 anos foi preso na última segunda-feira (17), em Santa Maria, no Distrito Federal (DF), por compartilhar, por meio do Twitter, as imagens do corpo de Marília Mendonça e também dos cadáveres de Gabriel Diniz e Cristiano Araújo, cantores que morreram em acidentes trágicos. O homem confessou o crime — ele alegou que buscava engajamento nas redes sociais — e foi detido em flagrante. O celular e o computador do suspeito foram confiscados para verificar como ele conseguiu ter acesso às imagens.

Os primeiros indícios apontam que as fotografias foram captadas de um computador dentro de uma unidade policial, como relata ao GLOBO uma pessoa próxima à família de Marília Mendonça. A investigação segue em curso. Irmão da artista sertaneja, João Gustavo se manifestou acerca do caso, na madrugada desta terça-feira (18), após a prisão do jovem de 22 anos: "As denúncias continuam. Muitos vão pagar por isso. Podem esperar", afirmou ele, por meio do Instagram.

A família de Marília Mendonça criou um canal para receber denúncias sobre quem está compartilhando as fotos do corpo da artista. A veiculação das imagens de uma pessoa morta pode configurar crime de vilipêndio a cadáver, e a pena pode chegar de um a três anos de reclusão. O Código Penal brasileiro dedica um capítulo inteiro aos "crimes contra o respeito aos mortos" e estabelece sanções para condutas como impedimento ou perturbação de cerimônia funerária, violação de sepultura, destruição, subtração, ocultação ou vilipêndio de cadáver.

— A previsão legal serve exatamente para não permitir que as pessoas desrespeitem ou façam qualquer tipo de "chacota" com aquele cadáver. Então, o compartilhamento desse conteúdo, das imagens de um cadáver, principalmente quando são figuras populares, conhecidas e famosas, configuram esse crime — explica o advogado Luiz Augusto D'Urso, especialista em crimes cibernéticos.


Fonte: O Globo

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