O fim do programa de cooperação para funcionamento das escolas cívico-militares, determinado pelo Governo Federal, vem gerando debate nos municípios paraibanos que utilizam a ação. Em Cabedelo, o programa funciona na escola Maria José Burity e a intenção da Prefeitura é decidir em dezembro se vai continuar com a parceria com o Exército.
Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Arapuan FM, nesta quinta-feira (13), o prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, garantiu que o programa vai continuar até dezembro e que, em caso de nova parceria, a Prefeitura vai assumir a ação no lugar do Governo Federal.
"É um custo apenas operacional de alguns funcionários que o Exército sede. As prefeituras podem fazer um contrato, já que isso é um custo irrisório para o que traz benefício ao estudante. Vamos permanecer com o modelo até dezembro e no recesso faremos uma audiência pública para saber o que faremos", disse Vitor Hugo, como acompanhado pelo ClickPB.
Criado em setembro de 2019 por meio de um decreto, o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim) teve como intenção combater a evasão escolar e inibir casos de violência escolar a partir da disciplina militar.
O Pecim estabelece uma cooperação entre o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Defesa para dar apoio às escolas que optarem pelo novo modelo, bem como na preparação das equipes civis e militares que atuam nessas instituições.
A parte pedagógica da escola permanece com os educadores civis, mas a gestão administrativa da instituição é feita por militares. Fora da sala de aula, militares da reserva atuam como monitores, disciplinando o comportamento dos alunos.