A paraibana Kesia Hadassah Tavares está apreensiva com a ofensiva deflagrada neste sábado (7) pelo grupo terrorista Hamas contra o Estado de Israel. De férias na Paraíba, ela vive em Israel desde o ano de 1998 e está em contato com a parte da família que ficou no país judeu.
Com passagem de volta comprada para a próxima quarta-feira (11), Késia não sabe quando vai voltar a Israel. Isso porque há dúvidas sobre o funcionamento do aeroporto Ben-Gurion, o maior do país. "Essa é uma pergunta que não quer calar. O aeroporto está fechado. Estamos todos perplexos com os ataques surpresa", disse.
Guia de turismo e musicista, Kesia vive com a família em Ramat Hasharon, cidade que fica na região central de Israel, vizinha a Tel Aviv, um dos alvos constantes do Hamas.
Lá, também vivem uma irmã da paraibana e duas sobrinhas, sendo que uma delas é reservista e foi convocada para a guerra contra o Hamas. Homens e mulheres israelenses, maiores de idade, são obrigados a cumprir o serviço militar.
"Moradores de comunidades adjacentes à Faixa de Gaza contam que terroristas armados, entraram nas comunidades disparando indiscriminadamente, tentando invadir casas e incendiando residências. Eles conseguiram perfurar grades, fronteiras, linhas de defesa com veículos, com metralhadoras, com bazucas, com granadas e todo tipo de armamento", disse ela.
Kesia já está "acostumada" a ouvir barulhos das sirenes, que indicam foguetes nos céus, e a reação do Domo de Ferro, sistema de defesa antiaérea de Israel que intercepta e destrói no ar os foguetes oriundos de Gaza. Dessa vez, porém, a preocupação é com a dimensão do conflito, aparentemente, o maior em 50 anos.
"A natureza ampla deste ataque surpresa, as baixas civis e militares e os raptos em cidades e kibutzim israelenses irão necessariamente exigir uma resposta israelense muito forte", disse.
Fonte: G1-PB